quarta-feira, 28 de julho de 2010

Estagiários, histórias de crescimento pessoal e profissional no projeto Floresta Digital

Fábio Carvalho

Os telecentros atuam como propulsores digitais e sociais na vida da comunidade onde estão inseridos. Entretanto, há um outro tipo de influência igualmente positiva dentro do próprio projeto de telecentros do Floresta Digital, afinal, ele conta hoje com 81 estagiários e desde o início do projeto já foram contratados centenas bolsistas nas diversas áreas, desde Letras à Sistemas de Informação. E, com certeza, na vida de cada um deles muita coisa deve ter mudado e muitas histórias podem ser compartilhadas...

Rosana Kaila, estagiária do telecentro
Parque
São histórias como a da monitora Rosana Kaila, que está no projeto desde 2008 “já passei por assim dizer por quase todos os telecentros. Trabalhei no São Francisco, iniciei na Biblioteca Pública, fui pro telecentro da Estação, já fui pro Esperança, já fui pro Montanhês e hoje estou aqui (telecentro Parque)”. Desta forma, Rosana teve oportunidade de conhecer diferentes tipos de pensamentos e oportunidades neste trajeto “trabalhei com um público bem diversificado e este público, com cada um deles eu aprendo bastante”. Este ano Rosana Kaila está se despedindo do projeto que pra ela “é como se fosse uma família” diz já sentindo saudades dos amigos monitores, deixando seu recado para seus colegas de estágio “com todos os monitores com quem eu trabalhei, com quem eu tenho trabalhado, eu aprendi um pouco de cada um e isso vai ser uma experiência pro resto da vida e um aprendizado único, porque é um conhecimento que ele só visa o crescimento de alguém e é isso que eu pretendo, crescer a cada dia” finaliza ela.

Lenno Azevedo, ex-estagiário
Também iniciado no projeto em 2008, o agora ex-estagiário Lenno Azevedo, que atualmente cursa o 2ª período do Curso Superior de Tecnologia em Redes conta como seu estágio foi importante para seu desenvolvimento no assunto “O Comunidade Digital realizou em 2008 o 1º Encontro de Programas de inclusão digital, no qual participei e foi ali que realmente me interessei mais e mais por software livre. Através da convivência no telecentro com a distribuição Fedora, fui me familiarizando e acabei adotando a mesma. Hoje, sou Embaixador do Projeto Fedora Brasil, e mantenedor de Projetos como: Fedora dicas, Wiki, Marketing, GUF, e por ai vai.” Já Nilcécia Machado, atual coordenadora iniciou no programa em 2005 como estagiária do curso de Redes e é um exemplo de crescimento profissional dentro do próprio programa “obtive conhecimentos da área que eu precisava para o meu curso, fui evoluindo profissionalmente, até que recebi o convite para atuar na coordenação”.

Estagiários em encontro de monitores
O atual monitor do telecentro Rui Lino, Rafael Brito conta de forma bastante sincera que iniciou seu trabalho interessado apenas na retribuição financeira do estágio mas conta como mudou sua percepção das coisas “eu vi um outro lado que é bem legal, ajuda muito as pessoas, a comunidade carente daqui da cidade. Não só daqui da cidade, mas do Estado em geral” Hoje, para ele “este trabalho de eu poder estar auxiliando as pessoas de algum jeito, mesmo que seja “pouquinho” mas de algum jeito esteja auxiliando as pessoas dar um passo a mais na vida delas, ajudando alguma coisa na vida delas me deixa muito contente” Rosana Kaila concorda com este pensamento “A pessoa tem que amar o que ela está fazendo. Não estar aqui porque a bolsa é boa. Se o valor do que tú tá ganhando é bom, não é isso. Tem que amar o que faz”. Pensando desta forma, tanto os estagiários e a comunidade quanto o Floresta Digital saem ganhando, e Rosana complementa “quando a gente nasce, recebe um nome, mas se você vai fazer um bom nome ou não, é durante sua vida. Então no trabalho é da mesma forma, quando eu sair, como as pessoas vão lembrar de mim? Então isso vai contar muito para o resto da vida da gente. Quando você for para outro emprego ou para outro estágio, você tem  um ponto de referência. Você tem sempre de fazer um bom nome independente de onde você esteja, e procurar sempre fazer o melhor para todas as pessoas, independente do que vai obter de reconhecimento em troca, senão não vamos ser bons profissionais nunca ”. Para Nilclécia “todo monitor, todo estagiário, todo cidadão, todo jovem que tem interesse, também tem a capacidade de chegar e evoluir profissionalmente, basta querer e ter força de vontade”.
Estagiários em encontro de monitores

Com estes depoimentos fica nítido como cada estagiário do programa de telecentros do Floresta Digital acaba sendo direta e indiretamente beneficiado; seja abrindo novas portas, obtendo uma nova perspectiva social, recebendo oportunidades de aprendizagem profissional ou mesmo criando laços com a comunidade onde atua; mas em qualquer destas relações o fator humano é o mais importante, e é ele que dá ao estagiário as ferramentas mais importantes para dar sua contribuição ao propósito de inclusão social e digital do projeto.

www.comunidadedigital.acre.gov.br
comunidade.digital@ac.gov.br
(68) 3223-5135 / 9984-5463

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