Fábio Carvalho
O Ministério das Comunicações, através do programa GESAC de Inclusão Digital está realizando em três telecentros do Comunidade Digital, programa coordenado pelo Governo do Estado do Acre, cursos e oficinas de capacitação voltados tanto à monitores dos telecentros quanto à comunidade.
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| Promotora de Inclusão Digital Laura Ludmilla com turma de adultos |
Segundo a Promotora de Inclusao Digital do projeto de formação GESAC/Ministério das Comunicações, Laura Ludmilla, em todo o Brasil foram escolhidos 733 pontos de presença para receberem estes cursos e oficinas. No Estado do Acre os telecentros do Comunidade Digital incluídos foram os das cidades de Epitaciolândia, Brasiléia e Assis Brasil. De acordo com Laura, a escolha destes pontos seguem critérios relacionados a frequência de uso do sinal de internet oferecido pelas antenas GESAC e pela necessidade de capacitação que a comunidade beneficiada possui, já que uma das diretrizes do programa é “Apoiar comunidades em estado de vulnerabilidade social” e “Contribuir para a universalização do acesso à Internet ” mesmo objetivo do programa Comunidade Digital “programa de inclusão digital de uso intensivo da tecnologia da informação para ampliar a cidadania e combater as diferenças, visando garantir a privacidade e segurança digital do cidadão, sua inserção na sociedade da informação e o fortalecimento do desenvolvimento local por meio dos Telecentros”.
Como abrange um número muito grande de localidades, os cursos e oficinas oferecidos no projeto são elaborados de forma adaptada, onde Laura ressalta a necessidade de atender cada localidade de acordo com sua realidade “meu trabalho vai depender da necessidade de cada comunidade” afirma. Mas em cada realidade e necessidade distinta o objetivo é um só: promover a inclusão digital; a primeira diretriz do Programa GESAC e também objetivo central do Comunidade Digital. Desta forma estão na lista tudo aquilo que está diretamente ligado ao processo de inclusão: Linux, Twitter, Blogs, redes sociais, etc.
De acordo com esta metodologia foi ministrado no telecentro de Brasiléia, durante quatro dias, duas oficinas; na parte da manhã, blog comunitário para pessoas acima de 16 anos e à tarde oficina de redes sociais para crianças. Na oficina de blog comunitário, cada aluno teve a oportunidade de criar seu próprio blog, e um em específico foi criado para atender especificamente à comunidade. Segundo Laura “a comunidade ficou responsável de alimentar esse blog, levando informações para a monitora ou a coordenadora do telecentro publicar” e ele possui a função de “divulgar tudo sobre a comunidade de Brasiléia”. Além disso, os alunos da oficina de blog receberam também uma de Twitter, onde aprenderam a criar e utilizar a ferramenta com a criação de um perfil. Para as crianças, com idade entre 10 e 14 anos, que fizeram a oficina de redes sociais houve o cuidado de orientar o trabalho para o bom uso da internet. Somente crianças com autorização de um responsável pôde criar por exemplo, um perfil no Orkut. A promotora Laura afirma que seus alunos em sua maioria pessoas carentes possuíam muita dificuldade “não tinham email, nem tinham ideia de como criar uma pagina na internet” diz ela explicando que precisou criar uma conta de e-mail para seus alunos devido à esta falta de um contato inicial com o mundo digital.
O próximo passo após Brasiléia foi o município de Assis Brasil, onde a promotora já está ministrando a oficina de Linux. Esta oficina está sendo oferecida nos dois primeiros dias para os monitores dos telecentros e nos dois últimos será ofertada para a comunidade. Também foi oferecida no telecentro de Assis Brasil, por iniciativa da promotora, uma oficina de HQ para as crianças do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) “eu quem ofereci para as crianças do PETI, pois a sala do programa fica ao lado do telecentro e há um horário reservado para eles durante a semana. Eu montei essa oficina e eles simplesmente adoraram” diz. O próximo telecentro do Comunidade Digital que irá receber a visita será o de Epitaciolândia.
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