quinta-feira, 10 de junho de 2010

Telecentros ajudando quem estuda à distância

Fábio Carvalho
Hoje é fácil verificar a existência de pessoas que não conseguiram estudar em alguma fase de suas vidas. Igualmente fácil é verificar que muitas destas pessoas retornaram aos estudos graças aosistema de estudo à distância (EAD). E também o crescente número de usuários de telecentros que buscam o espaço para isso.

Ao contrário do que muitos pensam, estudar à distância é muito difícil. Para compensar a falta de um contato diário com o professor a rotina de exercícios é puxada. O aluno deve participar de muitos fóruns para se socializar, debater os assuntos com os colegas, tirar dúvidas e ainda aprofundar os temas. Invariavelmente há uma grande quantidade de textos por matéria e muitos trabalhos para apresentar.

Telecentro Comunidade Digital OCA Xapuri, conforto
e tranquilidade para o estudante de EAD
Não é o paraíso que muitos pensam e quem começa a estudar à distância com a ilusão de que  basta entrar na internet uma vez ou outra vai encontrar dificuldades na jornada. A tutora presencial em Rio Branco do curso à distância de Artes Visuais da Universidade de Brasília (UNB) através do sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) Helíada Marjane, comenta sobre o curso EAD e suas dificuldades “É um curso maravilhoso, mas ao mesmo tempo se torna mais complexo, mais difícil do que um curso presencial, tendo em vista, que o próprio aluno tem que ter disciplina para com os seus horários”. Já a tutora a distância da mesma instituição, Inês Vargas, teve a oportunidade de através de trabalhos de campo de seus alunos verificar a existência de telecentros muito bem preparados, tanto com máquinas como de recursos humanos, mas ressalta a importância de que todos tenham sempre profissionais capacitados para orientação dos usuários "vejo o telecentro como muito importante para complementar e instrumentalizar o aprendizado dos alunos no ensino a distância", conlui Inês. Desta forma os telecentros cumprem um importante papel em nossa sociedade pois proporcionam à muitas pessoas a principal ferramenta para seguir adiante com seus estudos à distância, sem a qual o próprio sistema EAD não seria possível, o acesso ao mundo digital. Mas também proporcionam outra importante ferramenta para o aprendizado, monitores preparados para auxiliar e tornar o usuário apto a seguir seus estudos de forma autônoma e independente

Telecentro Comunidade Digital CEJA Rui Lino
Embora o propósito seja apenas um (o de estudar), quem procura os telecentros com esta finalidade logo percebe que há uma grande variedade de atividades que podem ser realizadas no telecentro. Algumas pessoas o utilizam por exemplo como uma forma de acompanhar e complementar o trabalho escolar. Normalmente possuem acesso em casa mas utilizam o telecentro como um apoio indispensável. É o caso da Senhora Maria de Jesus, que além de cursar o primeiro período de Serviço Social na UNOPAR trabalha no CEJA Rui Lino e em seu tempo de folga aproveita para passar no telecentro do programa Comunidade Digital que há no CEJA e aprimorar seus estudos “Eu já trabalho aqui à tarde, eu já não tenho tanto tempo para tá em casa pesquisando. Como o estudo da gente é a distância, você deve tá por dentro de tudo que acontece, quais são as novas matérias, as avaliações, o que tem no módulo... Tem de ficar de olho pra conseguir acompanhar, cumprir a meta. Porque se a gente não ficar direto no acesso, não consegue acompanhar a matéria”. Para pessoas como Maria de Jesus, a maior dificuldade de se acompanhar o sistema EAD é justamente a grande cobrança que há através do ambiente virtual “Tem mensagens direto pra gente. Às vezes eles mandam uma mensagem de uma hora pra outra e eu tenho de já tá lá, pra saber” diz comprovando que há também uma grande cobrança para que se esteja o máximo possível neste ambiente virtual. Segundo ela, muitas de suas colegas de curso seguem esta mesma rotina.

Mas também há estudantes que utilizam o telecentro não como apoio, mas como única fonte de acesso para conseguir estudar. Este é o caso de Priscila Furtado Souza, 17 anos, do município de Bujari. Como no momento Priscila não possui acesso à internet em casa, utiliza o telecentro no Núcleo Estadual de Educação do Bujari para poder estudar. Priscila estuda no primeiro período de Administração no COC e conta que utiliza o telecentro para fazer muitas leituras, pesquisas e atividades on-line que o curso exige. Para ela o telecentro é a melhor opção, pois é um ambiente seguro, tranquilo “O telecentro facilita meus estudos devido ao silêncio, diferente de outros lugares onde é difícil concentrar” diz. Para quem se encaixa neste quadro o telecentro assume uma importância ainda maior, pois ele acaba sendo o único modo de cumprir com as exigências deste tipo de estudo.

Neste perfil citado também estou eu, Fábio Carvalho, autor deste artigo. Estudando jornalismo na UFAC mas também na UNB, onde curso Artes Visuais no sistema à distância, e estando há alguns meses sem internet em casa,compreendo perfeitamente a dificuldade de quem estuda no  sistema EAD. E a verdade é que só estou conseguindo manter meus estudos por frequentar como usuário os telecentros Montanhês e Rui Lino, onde busco acesso à internet para cumprir esta rigorosa jornada de leitura, atividades on-line, trabalhos e participações em fóruns. Sem os
telecentros já teria sido obrigado a trancar meu curso, e por isso, sei que inúmeras pessoas estão na mesma situação, e para elas o telecentro tem sido mais que um espaço para acessar redes sociais ou um local para fazer um curso básico de informática. Para estas pessoas e para mim, os telecentros são a diferença entre a desistência ou a continuidade de um sonho.

Telecentros do programa Comunidade Digital

Se você também é estudante EAD procure um telecentro do Comunidade Digital para estudar. Existem 31 pontos do Programa em todo o Estado do Acre, sendo 11 em Rio Branco e 1 em cada município.

Capital

Municípios

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixem registrado aqui a sua opinião sobre este blog